quarta-feira, 21 de agosto de 2019

EDUCANDÁRIO PESTALOZZI 1970 a 1975 nº 2

CONTINUAÇÃO:
Ficamos encarregadas eu e a professora Gentília Ramos da Silva pelas festas cívicas e datas comemorativas. Tínhamos carta branca para agir. 
Marialda (Rumba)
Amava imensamente o convívio com as salas de aulas e a integração total com meus alunos. Era um amor incondicional procurando dar tudo de mim para que as aulas fossem dinâmicas e com a participação de cada turma.
Nas comemorações fazíamos tudo para que as apresentações parecessem reais, bonitas e agradasse os pais e toda a plateia.
Rita (Samba)
Tudo era feito com a ajuda dos alunos e de suas mães que se alegravam com as fantasias para cada apresentação. 
As paradas do sete de setembro e as comemorações festivas também aumentava as vendas do comércio.
Soélia (dança das bruxas
As costureiras da cidade improvisavam para que tudo saísse a contento.
Muitos ensaios ocorriam na casa dos meus pais Jayme e Zilda, com os vinis na velha vitrola.
Zezé (Interpretação)
As meninas inventavam passos novos copiando  os programas de Tv embalados pelas músicas modernas.   Amávamos tudo o que fazíamos quer fosse nas pequenas peças teatrais, nas danças ou nos cantos com instrumentos musicais. Inovávamos tudo que estivesse em nosso alcance  com o objetivo de somar a cultura.
Marise/Marialda Dança Cigana

No dia das apresentações o Salão nobre do Colégio ficava abarrotado de gente. Era lindo  ouvir os aplausos que aqueciam nossas almas aguçando a nossa alegria e dos nossos atores.
Recordo-me que a TV ITAPUÃ de Salvador, apresentava um programa intitulado "Nossa Terra Nossa Gente" que, tinha como objetivo, mostrar os  aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos, valorizando também, a arte presente em todos os municípios da Bahia. Quando a equipe visitou o Educandário Pestalozzi, falei sobre um grupo de teatro e dança, composto pelos alunos do Colégio. Perguntei se havia por parte da equipe -"Nossa Terra Nossa Gente", interesse em conhecer e divulgar o trabalho destes talentosos alunos. Imediatamente eles  não só quiseram conhecer como marcaram a
Grupo de teatro
a gravação para o dia seguinte. No horário exato o grupo de dança e teatro chegou ofegante e lindo esbanjando juventude.
Após filmarem as Baianas e a dança cigana voltei a perguntar:
Temos temos também a dança das bruxas... 
- Esta nós deixamos para depois. Meu disco de vinil já estava entortando com os raios solares que batiam em cima na extensa quadra esportiva.
Após a penúltima filmagem pedi as meninas que vestissem a fantasia das bruxas. Quando o grupo apareceu com mini blusas e mini saias, esbanjando beleza, talento e sensualidade, a equipe da TV ITAPOÃ voltou-se boquiaberta e extasiada. As meninas  iniciaram a dança com suas vassouras de ráfia coloridas. A equipe passou a filma-las de baixo para cima sem perder um só lance das lindas dançarinas.
Professora Maria de Lourdes que, não aprovava fantasias tão avançadas para a época, escondia-se  atrás das pilastras tentando ocultar num sorriso enigmático, satisfação e  orgulho. Afinal, o Educandário Pestalozzi sairia no próximo programa representando o lado artístico da nossa cidade do Sol - Coaraci.
O programa foi ao ar e o grupo se reuniu em torno das TVs, que ainda eram poucas na cidade. Difícil era, naqueles dias, alcançar o sinal e deixá-las (as Televisões) nítidas. Foi uma alegria contagiante quando em meio a toda a programação mostrando diversos aspectos do município, as meninas surgiram lindas, felizes  e faceiras dançando a todo vapor. Gritos, palmas, pulos, abraços, e lágrimas de alegria tomou conta dos espectadores (alunos, professores, amigos e família). Afinal aparecer na TV era o sonho de todo o mundo artístico!      
OBS: fotos de Alfeu e Abdias. Arquivo de Jailda Galvão Aires.
Rio, 10 de setembro de 2019. 

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