O
MOBRAL foi um movimento de Alfabetização de jovens e adultos implementado em 1971,
durante o regime militar. Tinha como objetivo a alfabetização em massa de todo
território nacional.
COMISSÃO MUNICIPAL DO MOBRAL no município
de COARACI: Foram escolhidas na administração do Prefeito Joaquim de Almeida
Torquato (1971 à/1973), as professoras: Marly Selman e
Jailda Galvão enviadas a vizinha cidade de Ilhéus, sede do MOBRAL em todo o Sul da Bahia e da implantação do projeto em
cada município.
Jailda preparando monitores:

A coordenação do MOBRAL era composta de: Presidente, vice-presidente,
um secretário e um tesoureiro.
Retornando
à cidade de Coaraci, as professoras Marly e Jailda prepararam 60 monitoras, professoras primárias e alunas
do curso pedagógico do Ginásio de Coaraci. O prefeito forneceu uma sala para a
sede do Mobral. Ali, as reuniões eram feitas com a presença das autoridades
locais e passadas para o Livro Ata e rubricadas pela equipe presente.
Jailda e Marly felizes com o sucesso do Mobral
O MOBRAL estava presente em todo o país através de todos os meios de comunicação com cartazes, outdoor, propagados em rádios, televisões e em toda imprensa.
Tinha como objetivo, além da alfabetização e do curso primário (hoje, fundamental) repassar os seguintes valores:
Jailda e Marly felizes com o sucesso do Mobral
O MOBRAL estava presente em todo o país através de todos os meios de comunicação com cartazes, outdoor, propagados em rádios, televisões e em toda imprensa.
Tinha como objetivo, além da alfabetização e do curso primário (hoje, fundamental) repassar os seguintes valores:
O desenvolvimento
da a auto confiança, da solidariedade, do respeito ao próximo, dos direitos e
deveres em relação a família, ao trabalho
e a comunidade; possibilitar a ampliação da comunicação social, aprimorando a linguagem oral e escrita;
desenvolver a
capacidade de transferência de aprendizagem, aplicando os conhecimentos
adquiridos em situações de vida prática; propiciar o conhecimento, utilização e
transformação da natureza pelo homem, estimular as formas de expressão criativa
entre tantas outras." Cada
monitor buscava motivar suas aulas buscando elementos mais próximos a realidade
dos alunos. Exemplo: A utilidade do tijolo, dos instrumentos agrícolas, peças
do vestuário, folclore, instrumentos musicais, etc., mostrando assim, a importância
de cada ser humano na construção de um
país.


Cada professor preparado e cadastrado emprestava um espaço em sua própria casa ou em sua fazenda aonde era montado uma escola de alfabetização. Além da remuneração, recebia giz, quadro negro, materiais didáticos, tais como: livro texto, livro glossário, livros de exercícios de matemática, de português, livro do professor e conjunto de cartazes contendo elementos motivadores.
Era
bonito e gratificante ver o trabalhador rural, após um dia extenuante de trabalho,
adentrar a escola mais próxima, depois de caminhar léguas trazendo no rosto o
sorriso da esperança e na alma a certeza de ser alfabetizado.
No dia 22 de outubro de 1971, no clube social de Coaraci houve uma festa comemorativa ao término da primeira etapa do MOBRAL: Compareceram autoridades locais e a sociedade coaraciense, com apresentação de folclore, capoeira, pila do café, dança de candomblé, com a participação de professores e alunos e pessoas da cidade.
Promotora Dra. Maria do Carmo Caribé enaltecendo a criação e o cunho social do projeto. Ao lado Dr. Mário Albiani, Joaquim Torquato - prefeito local-, Dr. Raimundo Baracho, Pa. Jessé Maria da Silva, professora Irene Fitae o público assistente.

Dr.RaimundoBaracho discursando, ao lado, Dr. Mário Albiani, Joaquim Torquato, fotógrafo e radialista cobrindo todo o evento, Dra. Maria Caribé, Professor Pa. Jessé Maria da Silva, palestrantes da noite.
Após a fala das autoridades presentes deu-se início a apresentação dos alunos, professores e pessoas da sociedade local, enaltecendo o nosso folclore; apresentação de capoeira e dança do candomblé ao som de tambores e cânticos.
Em 1973, por motivos de força maior, as professoras Marly Selman e Jailda Galvão deixaram a coordenação do MOBRAL que foi assumida pela professora Normas Chagas.
Fotos extraídas do Google e do acervo de Jailda Galvão Aires.
Rio, 01 de agosto de 2019
OS: Nas minhas memórias conto as histórias vividas sem julgamento algum.
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