quinta-feira, 27 de junho de 2019

O ARAUTO. Nº 1 pág. 1 - 15 de novembro de 1967 -Entrevista Dr. José Almiro Gomes.

- Neste primeiro número, O ARAUTO, se propõe a ser a voz da juventude que na maioria das vezes se cala por falta de um órgão de comunicação que leve o seu clamor às autoridades competentes. Se faz a voz da sociedade e pretende lutar por todos aqueles que sofrem as consequências deste amargo silêncio.   Conclama a todos que lutem pelo progresso e se unam não só para criticar mas somar ideias e conhecimentos em prol do crescimento não só da juventude mas de toda a cidade. "É o Brasil que cresce, é a mocidade que se forma dentro de princípios sadios, a mocidade que será o Brasil de Amanhã."
- Temos também a primeira entrevista do O Arauto com o Dr. José Almiro Gomes  que em respostas as perguntas feitas pelo órgão, enaltece a juventude e expressa sua alegria com a criação do tão sonhado jornal.
Fala do grande progresso do município de Coaraci  em relação a sua jovem emancipação.
Enaltece também a figura do  Dr. Mário Albiani, juiz da comarca, pelos relevantes trabalhos na área jurídica e, certamente o Meritíssimo entraria para história de Coaraci como o primeiro Juiz da Comarca. 
- Na foto abaixo vemos o requintado desfile de "Bonecas" pelas crianças coaracienses no ACBC (Associação Cultural dos Bancários de Coaraci) dirigido pelas professoras municipais tendo à frente Mabel Reis.
Termina parabenizando a nova diretoria do Clube dos Bancários na pessoa do presidente - Sr. Fernando Marques.

terça-feira, 25 de junho de 2019

LANÇAMENTO DO JORNAL "O ARAUTO" em Coaraci Bahia

Da esquerda para a direita: Renato Andrade Galvão, Lucílio Bastos, Tânia Quinto,   Josenita Quinto, Luis Póvoas, Dr. Mário Albiano, Profo. Plínio de Almeida, Eliane A. Galvão, Jailda Galvão, Pa. Jessé Maria da Silva,Rui Marinho, Hamilton Andrade, Antonio Carlos de Souza  e Afonso Celson (Os dois últimos do Banco do Brasil)


LANÇAMENTO DO JORNAL “O ARAUTO”

No ano de 1967, jovens estudantes coaracienses, sob a liderança de Jailda Galvão,fundaram o Jornal intitulado O ARAUTO, que teve a sua primeira tiragem em novembro do mesmo ano.
O ARAUTO era diagramado e impresso em Itabuna, na gráfica do Sr. Hélio Pitanga, grande incentivador, colunista e tinha como responsável o seguinte grupo: Jailda Andrade Galvão (Presidente), Marly Selman (Vice-Presidente), Renato Galvão (Secretário), Afonso Celso (Tesoureiro), Hamilton Andrade (Diretor Comercial), Jessé Maria da Silva (Orientador), Redatores: Marly Selman,  Antônio Carlos de Souza e Rui Marinho e, como colaboradores: Tânia Quinto,  Eliane  Galvão e Luiz Póvoas (também redator).
Este grupo, com toda a sua audácia, podia-se dizer que era formado por jornalistas autodidatas e jornaleiros. Escreviam e vendiam os jornais. Contavam com a ajuda do Comércio,Bancos, Médicos, Dentistas e Advogados que colaboravam com propagandas dosseus estabelecimentos, consultórios ou escritórios, impressas no jornal.

Importante ressaltar que não contaram com ajuda financeira da prefeitura ou de qualquer órgão público, em que pese haverem procurado até como incentivo
 àcriação de um meio de comunicação e de publicidade, lembrando que naquelestempos não havia telefone na cidade. Esta negativa teve de certa forma o seulado positivo: Não ficaram presos a nenhuma entidade política ou ideológica. 
Livres e independentes, portanto, poderiam cobrar qualquer irregularidade porventura ocorrida, bem como a eficiência dos administradores municipais, em prol do seu crescimento socioeconômico e cultural do município. A maior causa,portanto, era lutar por justiça social, segurança pública e jurídica e, sobretudo,
observar como os recursos públicos, arrecadados pelo município, estavam sendo aplicados.
Importante ressaltar que todo recurso arrecadado com propagandas era aplicado no jornal não havendo, portanto, nenhum tipo de retirada financeira ou mesmo distribuição de qualquer centavo, pelo contrário, gastos com passagens, alimentação quando em viagem a Itabuna etc., eram bancados pelos bolsos dos componentes do grupo.
Após inúmeras reuniões, troca de ideias e muita ansiedade o tão esperado dia do lançamento do ARAUTO chegou com o seu primeiro exemplar no dia quinze de novembro de 1967, em sessão solene no Clube Social de Coaraci, palco dos grandes eventos culturais e festivos da cidade.
Em destaque, sobre uma pequena mesa, coberta por uma belíssima toalha branca e rendada que lhe caía ao chão, pousava a pilha de jornais envolta com uma um laço de fita verde e amarela.
A extensa mesa de abertura, lindamente vestida e ornada com buquês de flores, foi preenchida pelas autoridades convidadas e a diretoria do ARAUTO  iniciando assim o lançamento do tão esperado órgão de imprensa.  
A expectativa foi tão grande que lotou completamente o Clube Social. Compareceu em massa a sociedade coaraciense, entidades civis, militares, jurídicas e religiosas; convidados, poetas, escritores, diretores e diretoras colegiais, professores e estudantes, no afã de ouvir as preleções que antecederiam ao lançamento do referido  jornal. 
A mesa fora composta pelas autoridades presentes, aqui relembradas: O Prefeito Gilberto Lírio, o Presidente da Câmara Sr. Joaquim Moreira, o juiz de direito Dr. Mário Albiani que presidiu os trabalhos da cerimônia, a Presidente do Jornal, Jailda Galvão, Marly Selman, vice-presidente e toda a diretoria; os convidados de honra, Professor Plínio de Almeida e o renomado Radialista Lucílio Bastos, ambos da próspera cidade de Itabuna. Dentre as autoridades municipais presentes, destacamos: Gilberto Lírio (Prefeito Municipal), Dr. Mário Albiani (digníssimo Juiz de Direito da Comarca), Jessé Maria da Silva (Pastor da I Igreja Batista, professor e ao lado da esposa professora Maria de Loudes,  fundadores do Educandário Pestalozzi – conferencista da noite), Antônio de Oliveira Leite (Capitão e professor do Ginásio de Coaraci),  José Almiro Gomes (conceituado advogado e orador da noite),  Sr. Joaquim Moreira (vereador e notável pelos seus discursos nas tribunas e declamador dos versos do poeta Catulo da Paixão Cearense), Dr. Walter Badaró, Dr. Wanderlino Clodoaldo de Almeida, Dr. Themístocles Carvalho de Azevedo ( o Médico dos Pobres), Dr. Hildebrando Morais Pires,  Antônio Batista Scher, Hilton Fortunato,  professores e outras tantas personalidades, além de toda a diretoria fundadora de O ARAUTO.
Como ilustres convidados especiais, o respeitável Dr. Plínio de Almeida (professor universitário considerado o maior orador do sul da Bahia), Dr. Lucílio Bastos (notável jornalista e radialista da cidade de Itabuna). Após as falas da noite teríamos a seguir a abertura da fita que enlaçava o ARAUTO, estando assim, lançado, oficialmente, o tão esperado jornal que foi partilhado entre os presentes.

Dentre tantos acontecimentos nesta noite histórica, com os seus magníficos discursos enaltecendo a juventude pela fundação do jornal, destaque-se aqui um fato ocorrido na solenidade e que guardamos na memória, como se fosse ontem: Um dos oradores da noite aconselhou aos responsáveis pelo jornal que não perdessem as suas pautas escrevendo poesias, mas que só tratassem de temas inerentes ao município como todo.
O último orador da noite, professor Plínio de Almeida, após belíssima oratória,

Concluiu a solenidade dizendo: Queridos jovens idealistas, jornalistas, orgulho desta terra, façam deste jornal um meio de comunicação voltado aos acontecimentos e interesses da cidade, mas, não se esqueçam de deixar um cantinho dedicado a poesia, nem que seja no rodapé ou num cantinho de suas folhas, porque, se poesias não fossem publicadas hoje não saberíamos dizer:

- Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que a luz do sol encerra

E as promessas divinas da esperança…

Tu que, da liberdade após a guerra,

Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!…
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,

Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais!... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! Arranca esse pendão dos ares!
Colombo! Fecha a porta dos teus mares!
                                                     Castro Alves.
E, graças ao professor Plínio de Almeida, muitos escritores, redatores e poetas da cidade foram revelados como veremos nas fotos de O Arauto que serão postadas a seguir.

(Da esquerda para a direita: Lucílio Bastos, Marly Selman, Renato Andrade Galvão, Eliane Galvão, Profº Plínio de Almeida, Eliane Galvão, Jailda Galvão, Ruy Marinho)

CASAMENTO NA IGREJA NOSSA SENHORA DE LOURDES

No dia 15 de fevereiro de 1975, eu e Antonio nos casamos na Igreja Nossa Senhora de Lourdes numa cerimônia muito bonita, com a presença...